O prefeito de Buenos Aires, Mauricio Macri, de oposição, decidiu não ficar atrás na largada prematura da corrida eleitoral de 2011 e já anunciou que pretende ser candidato à presidência. Nos últimos dias, o ex-presidente Eduardo Duhalde (2002-2003) e o vice-presidente, Julio Cobos, também se disseram dispostos a disputar a eleição presidencial.

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Macri, líder do partido Proposta Republicana (PRO), de centro-direita, lançou sua candidatura em um discurso desafiador, no qual disse querer disputar a presidência nas urnas contra seu principal inimigo, o ex-presidente Néstor Kirchner (2003-2007), marido da presidente Cristina. Kirchner é considerado o verdadeiro líder do atual governo.

“Enfrentar Kirchner seria um sonho”, disse Macri. Segundo informações de bastidores, Kirchner tem intenção de suceder à mulher no poder. “Ele não poderá jamais vencer em um segundo turno”, afirmou Macri.

A expectativa dos assessores do prefeito é que ele consiga o respaldo dos setores conservadores do Partido Justicialista (peronista), insatisfeitos com o casal Kirchner. No entanto, os peronistas dissidentes já estão sendo disputados por Duhalde, além do senador Carlos Reutemann, também cotado como presidenciável.

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Diversas pesquisas indicam que a popularidade dos Kirchners é baixa e as chances de uma eventual vitória do casal presidencial nas urnas são mínimas. Em junho, eles sofreram sua primeira grande derrota, ao conseguir nas eleições parlamentares só 30% dos votos em todo o país – o que os levou a perder a maioria no Congresso Nacional. Mas, apesar da vitória, a oposição não conseguiu formar uma frente única contra o governo.

Segundo uma pesquisa da consultoria Aresco publicada ontem pelo jornal “Clarín”, a aprovação de Cobos é de 51,5% e a de Macri, de 44%. O ex-presidente Duhalde tem 39,6% de popularidade. E Kirchner, 31%.

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