O primeiro-ministro de Portugal, Pedro Passos Coelho, afirmou que não há sinais de que um acordo entre a Grécia e seus credores esteja próximo, acrescentando que “há uma persistente dificuldade em encontrar uma solução que poderia ser considerada duradoura”.

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“Eu espero que um acordo seja possível, ainda que nós todos saibamos que o tempo está acabando e que não houve sinais de que um acordo está próximo”, disse Passos Coelho a repórteres no fim da quinta-feira, em um intervalo do encontro de líderes da União Europeia e de seis países do Leste Europeu em Riga.

A declaração da autoridade portuguesa coincide com a da chanceler da Alemanha, Angela Merkel, que disse que ainda é preciso um trabalho “muito, muito intensivo” para haver uma solução para os problemas financeiros da Grécia. Merkel falou após uma reunião com o primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, na capital da Letônia.

O futuro da Grécia é particularmente importante para Portugal, percebido pelos mercados como o segundo país mais frágil na zona do euro, por causa de sua grande dívida pública e das perspectivas fracas de crescimento. A dívida portuguesa está acima de 124% do Produto Interno Bruto (PIB), enquanto o PIB deve avançar em média em 1,2% no médio prazo, segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI).

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Passos Coelho tem criticado os planos do governo grego, qualificando-os como “um conto de fadas”, incompatível com as regras da UE. Fonte: Dow Jones Newswires.