O secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, era um dos funcionários que presenciaram o telefonema entre o presidente americano Donald Trump e o presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski, que culminou em um pedido de abertura de impeachment após uma denúncia anônima sobre o conteúdo da conversa.

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A presença de Pompeo, confirmada por dois funcionários da Casa Branca nesta segunda-feira, 30, aproxima o Departamento de Estado ao pedido de investigação movido pela Câmara dos Deputados.

Essa foi a primeira confirmação que um funcionário do Gabinete presidencial estava presente no momento da ligação em que Trump pressionou Zelenski a investigar o filho do ex-vice-presidente e atual presidenciável Joe Biden, Hunter Biden. Ele era membro do conselho da maior empresa de gás natural da Ucrânia, a Burisma, quando o presidente da empresa era investigado por corrupção e lavagem de dinheiro.

Pompeo já havia sido intimado na semana passada a fornecer documentos com informações sobre a relação de Trump com a Ucrânia. Ele pode responder por obstrução de justiça caso não se comprometa com a solicitação.

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Nesta segunda, o advogado pessoal de Trump, Rudy Giuliani, também foi intimado pelos deputados para fornecer documentos relacionados à pressão contra a Ucrânia para investigar Biden.

Outros três associados de Giuliani também foram cobrados pelos deputados para apresentarem provas, e devem depor nas próximas duas semanas sobre o caso. Eles são os advogados Lev Parnas, Igor Fruman e Semyon Kislin.

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Giuliani é considerado o operador do esquema e frequentemente é mencionado na denúncia anônima do funcionário da Casa Branca. Ele admitiu em entrevistas que tomou uma série de ações para avançar as investigações na Ucrânia contra Biden.

O advogado tem até o dia 15 de outubro para colaborar com as investigações. Caso não o faça, também pode ser julgado por obstrução de justiça. / COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS