Um suposto espião israelense será extraditado da Alemanha para a Polônia no prazo de dez dias. A Justiça polonesa manteve a decisão de extraditar Uri Brodsky, acusado de envolvimento no assassinato do líder militar do Hamas, Mahmoud al-Mabhouh, em janeiro. Ele é suspeito de participar da falsificação de passaportes alemães para agentes secretos do Mossad.
Brodsky foi preso no aeroporto de Varsóvia em junho, depois da Alemanha emitir um mandado de prisão, mas recorreu contra a extradição. Na Alemanha, ele será indiciado por falsificação de documentos. O suspeito deixou a corte com o rosto coberto antes do anúncio do veredicto.
De acordo com a polícia de Dubai, onde aconteceu o crime, espiões israelenses munidos de passaportes falsificados britânicos, franceses, irlandeses, australianos e alemães entraram no país e executaram al-Mabhouh, acusado de intermediar o envio de armas iranianas para o Hamas.
Vários países europeus ficaram incomodados com as falsificações, dentre eles do Reino Unido, que expulsou um diplomata israelense em março por causa da questão. Brodsky é a primeira das pessoas a ser indiciada nominalmente dentre os israelenses suspeitos de ligação com o assassinato. O governo de Israel não comentou a decisão polonesa.
