Policial do caso Jean Charles diz que alterou prova

Um agente presente na operação que terminou com a morte do brasileiro Jean Charles de Menezes admitiu nesta segunda-feira (13) que alterou provas do caso. O policial, identificado apenas como Oewn, confessou em um tribunal que apagou uma linha de anotações de seu computador no dia 7 de outubro, duas semanas após o início do inquérito. O trecho deletado por Oewn afirmava que a encarregada da operação, Cressida Dick, disse que o suspeito podia ir, pois “não estava carregando nada”.

O eletricista de 27 anos foi confundido em 22 de julho de 2005 com um suspeito pela tentativa frustrada de cometer um atentado no sistema de transporte de Londres, um dia antes. O brasileiro foi seguido por policiais armados em um trem do metrô e levou sete tiros na cabeça.

Owen disse que apagou a referência pois não estava certo sobre quem teria dito isso. “Tudo que sei é que uma das opções era deixá-lo correr, porque ele não levava nada, e que houve uma desavença entre a direção (da operação)”, afirmou o policial. Cressida já disse anteriormente que acreditava que o brasileiro era uma “grande ameaça”, por ser um suspeito de terrorismo.

Ninguém foi individualmente acusado pela morte de Jean Charles, ainda que um tribunal tenha condenado a polícia londrina por violações de saúde e segurança, ao ameaçar a segurança pública durante a operação. Um juiz foi designado para investigar a morte de Jean Charles.

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