A polícia turca invadiu hoje os escritórios de um partido pró-curdo no sudeste da Turquia, detendo pelo menos 25 suspeitos de possuírem vínculos com insurgentes, informaram agências de notícias do país. Ali Ozguc, porta-voz do Partido Curdo da Paz e Democracia, disse que a polícia realizou buscas em várias casas e escritórios ao redor da província de Sanliurfa. O partido tem 20 das 550 cadeiras do Parlamento.
Entre os detidos está o líder local do partido em Sanliurfa, informou a agência de notícias Anatólia. As detenções ocorrem um dia após o grupo insurgente Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK, na sigla em curdo) ter declarado que estenderá por mais um mês sua trégua unilateral com a Turquia.
Os rebeldes tomaram a medida obedecendo a um chamado feito pelo líder aprisionado do PKK, Abdullah Ocalan, que cumpre prisão perpétua numa ilha perto de Istambul. Ocalan agora deseja que o PKK faça um trégua com a Turquia que dure até as eleições gerais do próximo ano.
Mas um importante líder insurgente curdo Murat Karayilan disse que estender o cessar-fogo será impossível por causa dos renovados bombardeios e esforços militares da Turquia para destruir as bases do PKK no Curdistão iraquiano. Turquia e Iraque estimam que atualmente 5 mil combatentes curdos turcos do PKK estejam no Curdistão iraquiano, uma região autônoma.