A polícia portuguesa entregou nesta terça-feira (11) à promotoria pública o inquérito sobre o desaparecimento da menina inglesa Madeleine McCann, ocorrido em 3 de maio. O porta-voz da polícia portuguesa Olegário Sousa, disse que o inquérito contém mais de mil páginas. Ninguém se pronunciou sobre as conclusões da polícia porque a investigação transcorre em segredo de justiça.
"Já temos a posse dos documentos", disse um funcionário da promotoria que pediu para não ser identificado. O promotor João Cunha de Magalhães e Meneses será o responsável pelo caso e vai revisar todo o material recolhido até agora. Meneses vai poder decidir se os indícios contra os pais da menina são sustentáveis para chamar o casal para depor ou até mesmo decretar a prisão preventiva dos dois.
Na semana passada, os pais de Madeleine, os médicos ingleses Gerry e Kate McCann, ambos de 39 anos, foram formalmente considerados suspeitos após a polícia portuguesa receber testes de provas realizados em um laboratório britânico. A imprensa local especulou ontem que amostras de sangue encontradas em um carro alugado pelos McCann 25 dias depois do sumiço da menina seriam de Madeleine.
O casal McCann retornou para a Grã-Bretanha no domingo após 135 dias longe de casa. Os dois afirmaram que estariam à disposição das autoridades portuguesas para retornar ao país para ajudar nas investigações do caso.
Além dos pais de Madeleine, há pelo menos um terceiro suspeito: Robert Murat, um britânico que morava perto do hotel onde Madeleine foi vista pela última vez. Ele não foi indiciado e alega inocência.
Madeleine desapareceu em 3 de maio quando dormia com seus irmãos mais novos em um quarto de um resort na Praia da Luz, em Portugal, enquanto os pais jantavam com amigos.
