A polícia antidrogas apreendeu em Lima e em Callao duas toneladas de cloridrato de cocaína com alto grau de pureza, que teria um valor estimado no mercado internacional de US$ 100 milhões. Na operação, realizada em meio ao reforço na luta antidrogas iniciado há um ano, foram presos um cidadão venezuelano e três peruanos, supostamente vinculados a um cartel mexicano. Foram mobilizados centenas de agentes da Direção Antidrogas da Polícia Nacional (Dirandro) e até o ministro do Interior, Luis Alva Castro.

continua após a publicidade

O funcionário deu detalhes à imprensa sobre o caso junto ao diretor da polícia nacional, general Octavio Salazar, e o chefe da polícia antidrogas, general Miguel Hidalgo. Alva Castro informou que a droga ia ser enviada por via marítima à Europa, onde seu valor comercial foi estimado em US$ 100 milhões. Parte da mercadoria estava escondida em colchões ortopédicos. A operação começou no sábado em um imóvel na av. Elmer Faucett, em Callao, a noroeste de Lima e onde se localizam o principal aeroporto e o primeiro porto do país.

Os agentes encontraram meia tonelada de drogas no local. Depois, outra equipe antidrogas invadiu uma casa no distrito La Molina, sudeste de Lima, e encontrou mais uma tonelada e meia do produto, informou a imprensa. No local, a droga também estava em fundos falsos em colchões. Segundo o jornal Perú 21, alguns pacotes possuíam os selos de uma águia, outros tinham logos com as frases "serviços de luxo" e "serviço rápido", dados que estão sendo investigados pela Dirandro.

Alva Castro confirmou a prisão do venezuelano Javier Ospina Bernal (62) e dos peruanos Ronald Iván Illatopa Díaz (35), Martín Enrique Rochabrum Céspedes (33) e Oscar Sixto Rosales Guevara (43). De acordo com a Dirandro, os presos seriam integrantes do cartel de Sinaloa, uma das máfias internacionais mais poderosas do mundo, com sede no México, que há alguns anos opera no Peru. Esse é o segundo caso de narcotráfico que a Polícia Antidrogas descobriu em uma semana.

continua após a publicidade

Anteriormente, cinco trabalhadores de duas empresas do Aeroporto Jorge Chávez, que enviavam drogas à Espanha e México, foram presos. Entre os detidos estão um funcionário de Lima Airport Partners (LAP), concessionária do aeroporto, e quatro da Swiss Sport, que presta serviços aeroportuários.

Sobre o tema, o ministro do Interior criticou as autoridades responsáveis da segurança do terminal aéreo por não ajudar a Polícia Antidrogas a cumprir suas funções, já que, segundo afirmou, os agentes não podem intervir em certas zonas do aeroporto.

continua após a publicidade

"A empresa LAP considera esses espaços como áreas restritas, por isso estamos solicitando uma revisão das normas que impedem um trabalho eficiente da polícia", declarou Alva Castro.