Polícia mantém 63 detidos após protestos na Malásia

Mais de 60 pessoas, incluindo menores de idade, estão sob custódia da polícia na Malásia após protestos realizados ontem contra uma lei que permite a prisão por tempo indeterminado de suspeitos sem que eles sejam levados a julgamento. Quase 600 pessoas detidas na manifestação – a maior já ocorrida no país em quase dois anos. A maior parte delas foi libertada, mas 63 continuam detidas, de acordo com o chefe de polícia da cidade de Kuala Lumpur, Muhammad Sabtu Osman.

Ele acrescentou que as pessoas que permaneceram sob custódia da polícia estavam sendo investigadas sob a acusação de reunião ilegal – crime que é punido com até um ano de prisão e multa. A polícia havia declarado os protestos dos grupos de oposição como ilegais.

Segundo a advogada dos grupos de oposição, Latheefa Koya, entre as pessoas detidas estavam três garotos de 13, 16 e 17 anos. O garoto de 16 anos é filho de uma pessoa que ficou presa sem julgamento por oito anos devido à lei que foi alvo dos protestos, acrescentou ela.

Ativistas dos direitos humanos realizaram nos últimos anos uma série de protestos contra a chamada Lei de Segurança Interna, argumentando que ela foi utilizada anteriormente para prender aqueles que criticavam o governo. Segundo eles, pelo menos 17 pessoas estão detidas por conta da lei. Desde abril deste ano, quando o atual primeiro-ministro da Malásia, Najib Razak, assumiu o poder, foram libertadas 26 pessoas presas sob a lei.

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