Polícia londrina vai a júri pela morte de Jean Charles

Erros fundamentais no planejamento de uma operação da Polícia Metropolitana de Londres levaram ao assassinato de um inocente confundido com um terrorista, declarou uma promotora pública inglesa na abertura, hoje, do julgamento da corporação pela morte do brasileiro Jean Charles de Menezes. A promotoria apresentou suas acusações contra a polícia londrina com base em violações de normas de segurança e saúde. Se for considerada culpada, a Polícia Metropolitana de Londres estará sujeita ao pagamento de uma multa para a qual não há limite de valor.

A polícia admite sua responsabilidade, mas nega que tenha havido crime no caso da morte de Jean Charles de Menezes, baleado sete vezes na cabeça a bordo de um trem do metrô de Londres em julho de 2005. Não houve processos individuais contra os envolvidos na execução do brasileiro.

A promotora Clare Montgomery disse que a morte "não foi resultado de uma operação rápida que saiu dos trilhos de forma repentina e imprevista". Segundo ela, os erros resultaram de "falhas fundamentais na execução de uma operação planejada e pensada".

A promotoria questiona como e por que Jean Charles conseguiu sair de casa, pegar um ônibus e depois embarcar em um trem de metrô se policiais à paisana acreditavam que ele era um suspeito de terrorismo.

Duas semanas antes, quatro homens-bomba promoveram atentados suicidas que provocaram a morte de mais 52 pessoas em três estações de metrô e um ônibus na capital britânica. Um dia antes da morte de Jean Charles houve uma tentativa fracassada de novos atentados contra Londres.

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