A polícia iraquiana impôs toque de recolher nesta sexta-feira (30) na cidade de Mossul, norte do país, proibindo a circulação de veículos e impedindo os moradores de deixarem suas casas até que votem nas eleições provinciais do final de semana. O toque de recolher foi imposto para conter qualquer ato potencial de violência na terceira maior cidade do Iraque, segundo o coronel Safaa Abdul-Razzaq, porta-voz do comando conjunto de operações na província de Nínive. A proibição da circulação de carros vai até domingo.
A decisão de fechar a cidade foi tomada um dia depois que ataques deixaram três candidatos mortos. Dentre eles estava um candidato de Mossul. Homens armados passaram atirando de um carro em movimento e mataram o candidato e ex-oficial do Exército Hazim Salim, integrante da Lista da Unidade, um grupo de políticos sunitas independentes, segundo um oficial da polícia iraquiana, que pediu para que seu nome não fosse divulgado.
Este foi o primeiro passo de uma série de amplas medidas de segurança programadas para antes das eleições, que incluem o fechamento das fronteiras internacionais iraquianas, o impedimento da circulação de carros em Bagdá e em outras cidades importantes e a paralisação do tráfego aéreo.
O Iraque já fechou hoje suas fronteiras com o Irã e a passagem na cidade de Basra, ao sul, deve ser fechada hoje à noite até a manhã de domingo, disse o porta-voz do Ministério do Interior do Iraque, general Abdul-Karim Khalaf. “As fronteiras terrestres e aéreas serão fechadas, mas não haverá restrições à movimentação de pessoas no interior da cidade”, disse Khalaf.
Acredita-se que a maioria das outras cidades do país tomarão o mesmo tipo de medidas até o final do dia de hoje. Mais de 14.400 candidatos concorrem a 440 cargos em 14 das 18 províncias do país. Centenas de mulheres, incluindo professoras e servidoras municipais, foram recrutadas para ajudar a revistar eleitoras depois do aumento no número de suicidas mulheres no ano passado.
Bomba
Nesta sexta, um bomba colocada às margens de uma estrada, encontrada ao sul de Bagdá, matou três policiais e deixou 17 feridos depois de ter explodido enquanto o grupo tentava desarmá-la. A bomba explodiu dentro de um complexo da polícia em Diwaniyah, para onde foi levada para ser desarmada por um grupo de especialistas, disse um oficial, que falou sob condição de anonimato.