A polícia húngara reavaliou sua posição e acabou autorizando nesta sexta-feira (13) a realização, no próximo dia 5 de julho, da tradicional parada do orgulho gay em Budapeste.
"Entramos em um acordo com os organizadores sobre os modos de causar o menor dano possível ao tráfego", disse um porta-voz da polícia, confirmando a retirada da proibição, anunciada anteriormente com a desculpa de que o evento iria atrapalhar o trânsito.
A liberação surge após os protestos de organizações de defesa dos direitos humanos como a Anistia Internacional e o Comitê de Helsinque.
O prefeito liberal de Budapeste, Gabor Demszky, anunciou que irá participar da parada em solidariedade à população gay.
"O autoritarismo policial foi vencido, agora a polícia tem o dever de defender também os participantes da parada, gays e lésbicas, contra a agressão de extremistas homofóbicos", escreveu nesta sexta o jornal Nepszabadsag.
No ano passado, extremistas lançaram ovos e tomates contra as pessoas que participavam da parada gay, chegando até mesmo a agredi-las fisicamente.
Segundo o Nepszabadsag, com a proibição, a polícia queria evitar a repetição dos incidentes, mas acabou percebendo que esta posição representaria uma vitória dos extremistas.