A polícia grega divulgou fotografias de um casal de etnia roma acusado de sequestrar uma menina conhecida pelo nome de “Maria”. Christos Salis e Eleftheria Dimopoulou foram identificados nesta segunda-feira e também são acusados de falsificação de documentos.
Na semana passada, a polícia grega invadiu um acampamento de ciganos de etnia roma em busca de armas de fogo e drogas, contudo, durante a operação, encontrou algo que não esperava: uma pequena menina loira de olhos claros.
Respondendo ao nome de Maria, a menina que aparentava ter cerca de quatro anos não tinha quase nenhum traço físico semelhante ao do casal que a abrigava, de acordo com autoridades. Em seguida, testes de DNA mostraram que a menina, de fato, não era filha biológica do casal.
Uma investigação mais aprofundada levantou outras suspeitas. As autoridades alegam que a mãe diz ter dado à luz a seis crianças em um total de menos de 10 meses, enquanto 10 dos 14 filhos registrados do casal estão desaparecidos.
A criança foi encontrada na quarta-feira perto Farsala na região central da Grécia. Segundo a polícia, eles também encontraram drogas e armas de fogo não registradas em outras partes do acampamento cigano, que fica cerca de 280 quilômetros ao norte de Atenas.
O casal foi preso e acusado de sequestrar um menor. A polícia grega pediu assistência da Interpol para encontrar a verdadeira família da criança. Além disso, uma casa de caridade afirmou que tem procurado o mesmo apoio de grupos internacionais de ajuda a crianças perdidas ou violentadas.
Os suspeitos também são acusados de terem oferecido relatos conflitantes sobre como eles tomaram posse da criança. Entre os argumentos, eles disseram que a menina foi encontrada em um cobertor, que ela foi entregue por estranhos ou que ela tinha um pai estrangeiro.
Mas a advogada do casal, Marietta Palavra, disse que os dois a tiraram de uma casa de caridade, através de um intermediário, quando ela acabara de se separar de um estrangeiro. Segundo a advogada, o pai afirmou que não poderia sustentar a filha.
Palavra reconheceu que os roma e outros gregos já tinham a fama de registrar várias crianças para obter mais benefícios sociais do Estado, mas ela insistiu que esta não era a motivação de seus clientes.
“Só porque (o suspeito) tinha documentos falsos, isso não faz dele um sequestrador”, disse ela. “O casal amou a menina como se fosse sua própria” filha. Fonte: Associated Press.