A polícia invadiu hoje o escritório do candidato derrotado à presidência do Sri Lanka, Sarath Fonseka, e deteve 15 funcionários, informou o advogado do político. O governo do país alega que Fonseka, ex-chefe do Exército e principal candidato da oposição, estava planejando um golpe e o assassinato do presidente Mahinda Rajapaksa. A disputada eleição foi realizada nesta semana.

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Comandos policiais invadiram o escritório de Fonseka na capital Colombo dizendo estar procurando por desertores do Exército, disse Mano Ganeshan, legislador da oposição. Um porta-voz do governo confirmou a informação, mas não deu detalhes. Um fotógrafo da agência de notícias Associated Press viu integrantes da força policial chegar às proximidades do escritório. Fonseka estava em sua casa, em outra parte de Colombo quando a invasão ocorreu, disse Ganeshan.

Quinze ex-militares que trabalhavam no local foram presos, disse Shiral Laktilaka, advogado de Fonseka. O candidato derrotado na eleição liderou a ofensiva militar que derrotou o Tigres de Liberação do Tamil Eelam (LTTE) em maio, encerrando 25 anos de rebelião separatista. Logo depois ele deixou o Exército e entrou para a oposição.

Ele foi derrotado na eleição presidencial realizada na terça-feira por Rajapaksa, mas contestou o resultado oficial e planeja questioná-lo na Justiça. Ontem, ele alegou que o governo roubou mais de 1 milhão de seus votos durante o processo de contagem. O governo nega as acusações de Fonseka e o acusa de querer organizar um golpe e de estar envolvido numa suposta tentativa de matar Rajapaksa.

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Após a derrota nas urnas, Fonseka disse que o governo deteve alguns de seus partidários e retirou sua segurança, formada por 80 homens e fornecida pelo Estado, medida que, segundo ele, colocou sua vida em perigo. Ele afirmou também que as autoridades colocaram seu nome na lista de pessoas que não podem deixar o país, afirmação negada pelo governo.

Jornal

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Detetives também interrogaram o editor de um jornal pró oposição, disse o legislador de oposição Vijitha Herath. Segundo ele, Chandana Sirimalwatte, do jornal “Lanka”, recebeu ordens para comparecer o Departamento de Investigações Criminais hoje e autoridades se preparavam para conseguir uma ordem do governo que permitiria sua prisão por 90 dias, sob as leis de emergência do tempo de guerra.

Herath afirmou não saber a razão pela qual o editor foi chamado para interrogatório. No entanto, o jornal apoiou Fonseka durante o processo eleitoral e relatou supostos casos de corrupção no governo.