A polícia federal mexicana matou pelo menos 22 pessoas em um rancho no ano passado, então mudou os corpos de lugar e plantou armas para adulterar os fatos e afirmar que as mortes ocorreram durante um confronto, afirmou a Comissão pelos Direitos Humanos do México, na quinta-feira.

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Um policial havia sido morto em confronto no Estado de Michoacán em 22 de maio de 2015. Segundo o governo, os mortos eram supostos membros de um cartel que se escondiam em uma fazenda em Tanhuato, perto do limite com o Estado de Jalisco. A Comissão Nacional de Direitos Humanos disse que houve também dois casos de tortura e mais quatro mortes causadas pelo uso excessivo da força. Segundo o órgão, não é possível estabelecer de maneira satisfatória as circunstâncias de como outras 15 pessoas foram mortas.

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“As investigações confirmaram fatos que mostram graves violações de direitos humanos atribuíveis aos servidores públicos da polícia federal”, afirmou o presidente da comissão, Luís Raúl González Pérez.

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O comissário de segurança nacional, Renato Sales, que monitora a polícia federal, negou as acusações. Sales disse que a polícia ordenou que os suspeitos largassem suas armas e se rendessem, mas estes teriam disparado.

O número de mortos gerou a suspeita de uma matança contra supostos membros do cartel Jalisco Nova Geração. Testemunhas disseram que 41 policiais federais entraram na fazenda às 6h e começaram a atacar pelo menos uma hora mais cedo do que o sustentado oficialmente no relato do incidente, apontou a comissão. Segundo o relatório, após um policial federal ser atingido, a polícia pediu reforço. Chegaram então mais 54 policiais federais, junto com um helicóptero.

No total, cinco pessoas foram mortas pelo helicóptero, concluiu a comissão. Treze das 22 pessoas mortas receberam tiros nas costas, o que pode sugerir que houve execuções. Fonte: Associated Press.