A polícia israelense entrou em choque com judeus ultraortodoxos hoje e precisou usar cavalos e canhões de água para dispersar a multidão, no terceiro dia de protestos contra a detenção de uma mulher deficiente mental, que segundo autoridades estava matando de fome sua criança. Os choques foram um sinal das crescentes tensões entre as autoridades, que acusam a mulher de ter feito a criança ter passado fome por um longo período, e a comunidade ultraortodoxa, que frequentemente se enfurece com a intromissão do governo em seus assuntos. A criança atualmente está hospitalizada e a mulher, na cadeia.

continua após a publicidade

Repórteres da mídia local disseram que acredita-se que a mulher sofra de uma doença mental conhecida como síndrome de Munchausen, na qual uma pessoa torna outra, deliberadamente, doente. O porta-voz da polícia, Micky Rosenfeld, disse que essa é uma possibilidade que a investigação examina. As tensões entre as autoridades e os judeus ultraortodoxos, que formam um terço da população de Jerusalém, cresceu nos últimos meses, desde que os eleitores retiraram no voto um prefeito ultraortodoxo e o substituíram por um prefeito secular, em novembro do ano passado.

Nas últimas semanas, o plano do prefeito Nir Barkat de reabrir um estacionamento públicos aos sábados irritou os ultraortodoxos, porque segundo eles é proibido dirigir no dia santo do judaísmo. Rosenfeld disse que 28 manifestantes foram presos hoje e um policial sofreu ferimentos leves. Os manifestantes queimaram dezenas de caçambas de lixo. A mulher detida afirma que seu filho está doente e ela não é responsável por isso, uma posição aceita por muitos dos ultraortodoxos que protestavam contra a detenção dela.

continua após a publicidade