A polícia alemã reprimiu hoje uma manifestação de mais de 20 mil imigrantes curdos, em Colônia, após os participantes terem se reusado a baixar bandeiras e símbolos do Partido dos Trabalhadores Curdos (PKK).

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Assim como nos atos deste sábado em Paris, manifestantes de toda a Alemanha protestavam contra a recente incursão militar do exército turco no enclave controlado por curdos da Síria, nação dilacerada por uma guerra que têm como protagonistas o governo e a oposição síria, além dos Estados Unidos, Rússia, França, Israel, Turquia entre outros.

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“O protesto foi interrompido para que se pudesse remover as placas proibidas”, disse a política do estado de Renânia do Norte-Vestfália. Apesar dos pedidos da polícia, muitas pessoas marchavam com bandeiras com a imagem do líder do PKK, Abdullah Ocalan, que está preso na Turquia.

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O governo do presidente turco, Recep Tayyip Erdogan – que está conduzindo uma dura repressão contra a oposição em seu país, após a tentativa de golpe militar fracassada em 2016 – considera o PKK uma organização criminosa.

Donald Trump, o presidente dos Estados Unidos, que atuam na guerra síria, armou militantes curdos no país, a contragosto de Erdogan, com o suposto intuito de combater o Estado Islâmico no Oriente Médio.

Tropas turcas e seus aliados na Síria iniciaram operações na semana passada contra o enclave curdo de Afrin, encontrando resistência da milícia curda apoiada pelos EUA. A Turquia diz que está combatendo extremistas que ameaçam a estabilidade do país.

A etnia curda se concentra em uma região conflituosa do Oriente Médio entre a Síria, Turquia, Irã e Iraque, conhecida como Curdistão. Eles reivindicam a área, enfrentando os governos desses países. (Matheus Maderal, com informações da Associated Press – matheus.maderal@estadao.com)