Plano de Obama para Síria tem recepção fria, diz WSJ

O presidente dos EUA, Barack Obama, recebeu uma resposta fria dos parlamentares republicanos para seu pedido de apoio a uma ação militar na Síria em consequência do uso de armas químicas pelo regime do presidente Bashar Assad contra civis. No entanto, alguns republicanos preveem que Obama terá o apoio que precisa, de acordo com Jon Hilsenrath, colunista do Wall Street Journal.

“Eu quero ver um plano e uma estratégia que mostrem que isso atingirá alguns objetivos”, afirmou o senador John McCain, que concorreu com Obama à presidência na eleição de 2008, em entrevista a um programa da rede CBS. McCain expressou frustração por Obama não ter tido uma estratégia coerente para a guerra civil da Síria e pelos EUA não terem apoiado os rebeldes moderados.

De todo modo, McCain acredita que uma derrota de Obama no Congresso enviaria um sinal ruim para o restante do mundo sobre a determinação dos EUA. “Nós já estamos enviando sinais ruins para o Irã, a Coreia do Norte, Bashar Assad…”, ponderou.

“Será difícil receber o apoio do Congresso”, afirmou o deputado Peter King, presidente do subcomitê de inteligência e contraterrorismo da Câmara, que enxerga resistência na casa dominada pelos republicanos. “Se a votação fosse hoje provavelmente haveria um ‘não'”, disse em entrevista à rede de televisão Fox News.

O senador republicano Saxby Chambliss declarou à rede CBS que o presidente Obama não defendeu efetivamente uma ação na Síria. “Será um debate muito, muito difícil”, disse. “Se o presidente não puder convencer o Congresso, então isso não vai ser aprovado”, afirmou.

James Inhofe, principal senador republicano no Comitê de Serviços Armados do Senado, comentou em entrevista à Fox News não acreditar que o Congresso vai aprovar o uso de força contra a Síria. Segundo ele, o exército dos EUA está com poucos recursos em razão de cortes no orçamento para se comprometer com um envolvimento militar no caso. Fonte: Dow Jones Newswires.

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