Piratas seqüestraram nesta quinta-feira (21) três navios no litoral da Somália, elevando a sete o número de embarcações atacadas no Golfo de Áden no decorrer do último mês, informou o departamento da Agência Marítima Internacional dedicado a acompanhar casos de pirataria pelo mundo.
Noel Choong, diretor do departamento de pirataria da entidade sediada em Kuala Lumpur, disse que dois petroleiros – um de bandeira iraniana e outro, japonesa – e um cargueiro alemão foram atacados nas primeiras horas de hoje quando navegavam pela região.
“Os navios iraniano e japonês foram atacados por piratas na costa da Somália. Os piratas conseguiram consumar o seqüestro”, declarou Choong mais cedo. O ataque ao cargueiro alemão ocorreu algumas horas depois.
“Nós notificamos a coalizão de forças navais liderada pelos Estados Unidos, mas não podemos dar o nome dos navios nem fornecer outros detalhes sobre eles porque a operação ainda está em andamento”, declarou Choong.
“Nós pedimos às Nações Unidas que adote medidas urgentes para acabar com essa ameaça, já que elas são as únicas que podem fazê-lo”, prosseguiu ele.
As águas territoriais da Somália e da Nigéria são os principais focos de pirataria marítima da atualidade. A Agência Marítima Internacional recebeu denúncias de 24 casos na Somália e 18 na Nigéria entre abril e junho deste ano.
Dos 24 casos registrados na Somália dois meses atrás, 19 aconteceram no Golfo de Áden, na costa norte do país.
Na terça-feira, um petroleiro malaio que seguia da Indonésia para o porto holandês de Roterdã foi seqüestrado por piratas no litoral somali. Na semana passada, um navio de carga tailandês também foi seqüestrado. Uma semana antes, uma embarcação com bandeira de Cingapura foi atacada com uma granada propelida por foguete. O artefato caiu no convés do navio, mas não explodiu.
Navios que deixam a Ásia e a Oceania com destino à Europa ou aos Estados Unidos costumam, ao invés de contornar a África, navegar pelo Golfo de Áden para entrar no Mar Vermelho e cortar caminho pelo Canal de Suez. As informações são da Dow Jones e da Associated Press’.