Um navio de bandeira britânica, que transportava produtos químicos, e um cargueiro de bandeira panamenha foram sequestrados por piratas na costa da Somália. No total, 45 tripulantes são reféns dos piratas. As duas embarcações foram tomadas na noite de ontem.
Segundo Noel Choong, coordenador dos relatórios sobre pirataria do Birô Marítimo Internacional em Kuala Lumpur, na Malásia, o navio tanque de bandeira britânica, o St. James Park, foi o primeiro navio mercante a ser sequestrado no Golfo de Áden em cerca de seis meses. Ele disse que o navio enviou um sinal de socorro ontem. O sinal foi recebido pelo centro de resgate e coordenação grego em Piraeus, que por sua vez reenviou a mensagem para o Birô Marítimo Internacional e para outras agências.
O St. James Park partiu de Tarragona, Espanha, e seguia para Tha Phut, na Tailândia. Seus 26 tripulantes são das Filipinas, Rússia, Geórgia, Romênia, Bulgária, Ucrânia, Polônia, Índia, Turquia. Choong disse que três horas depois do sequestro do St. James Park um navio cargueiro de bandeira panamenha, com 19 tripulantes, foi tomado por piratas na costa sul da Somália.
Choong também disse que os ataque mostram o quanto os piratas continuam buscando o dinheiro rápido dos resgates e que os os navios precisam de precaução extra quando viajam no Chifre da África. As águas da costa da Somália estão cheias de piratas que sequestraram dezenas de embarcações e que receberam resgates milionários nos últimos dois anos. Atualmente, uma força naval internacional patrulha o Golfo de Áden, uma das mais movimentadas rotas de navegação do mundo.
Também na segunda-feira, os piratas libertaram o navio Kota Wajar, de bandeira cingapuriana, informou a Força Naval da União Europeia. O cargueiro com 21 tripulantes havia sido sequestrado em meados de outubro no norte Oceano Índico, ao norte das ilhas Seychelles. Segundo Choong, os últimos incidentes elevam o número de ataques piratas no Golfo de Áden e na costa da Somália para 214 neste ano. Desses, 47 embarcações foram sequestrados e 12 ainda estão nas mãos dos piratas.