O presidente chileno, Sebastián Piñera, enviou nesta quinta-feira ao Congresso um projeto para reduzir a tarifa de eletricidade que forma parte de um pacote de medidas com as quais ele busca conter os protestos que na última semana deixaram pelo menos 18 mortos. “Sabemos que esta agenda social não resolve todos os problemas, mas também sabemos que representa um importante alívio e um importante aporte para resolvê-los”, afirmou Piñera ao anunciar o envio ao Parlamento da iniciativa que congela um aumento previsto de 9,2% na eletricidade até dezembro de 2020.

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O presidente acrescentou que instruiu seus ministros para que contatem diversos setores sociais “para assim escutar, de forma forte e clara, a voz e a mensagem que os chilenos têm nos transmitido nos últimos dias”. A agenda social de Piñera inclui um aumento de 20% nas pensões e de 16% no salário mínimo, projeto para cortar preços dos medicamentos e a redução nos salários dos parlamentares, que começam em US$ 14 mil ao mês. A maioria dos chilenos ganha entre 400 mil e 500 mil pesos (entre US$ 562 e US$ 762), que não cobrem suas necessidades básicas de alimentação, moradia, saúde e educação.

Mesmo com o anúncio, os protestos continuaram nesta quinta-feira. O estopim da crise foi um aumento no metrô em Santiago, com protestos que provocaram estragos na maioria das estações de metrô, saques e incêndios em supermercados e farmácias e episódios do tipo por quase todo o país. Fonte: Associated Press.

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