A companhia farmacêutica Pfizer anunciou nesta sexta-feira a restrição ao uso de suas drogas em injeções letais. Isso significa que todos os medicamentos aprovados pelo governo federal dos Estados Unidos para uso em execuções estão agora inacessíveis para este fim. “A Pfizer faz seus produtos para melhorar e salvar vidas dos pacientes que servimos. De forma coerente com esses valores, a Pfizer se opõe fortemente ao uso de seus produtos em injeções letais para pena de morte”, afirmou a companhia em comunicado publicado em seu website ontem.

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Com a medida, aproximadamente 25 companhias certificadas pela Administração de Alimentos e Medicamentos dos EUA (FDA, na sigla em inglês) para a produção das drogas usadas em injeções letais bloquearam o uso de seus produtos, de acordo com a Reprieve, uma organização de defesa aos direitos humanos baseada em Nova York que é contrária à pena de morte. “A ação da Pfizer consolida a oposição da indústria farmacêutica os uso indevido de medicamentos”, afirmou Maya Foia, diretora da Reprieve, em nota.

O impacto imediato do anúncio da empresa é limitado, já que o número de execuções tem caído nos últimos anos, com a proibição de uso dos medicamentos pelas farmacêuticas. A ação, contudo, é um avanço na política já praticada após a compra da Hospira pela Pfizer no ano passado, por US$ 15,23 bilhões. Antes disso, a Hospira havia proibido o uso de suas drogas na pena de morte, assim como outras empresas farmacêuticas. Na sexta-feira, as ações da Pfizer fecharam a US$ 33,19.

Contudo, no ano passado, gravações mostraram rótulos de drogas usadas em execuções no Arkansas que pareciam indicar que o Estado estaria usando Cloreto de Potássio fabricado pela Hospira. O produto causa parada cardíaca.

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Ohio, que realizou sua última execução em janeiro de 2014, repetidamente adiou execuções enquanto tentava adquirir as drogas necessárias. Atualmente, mais de duas dúzias de condenados esperam a pena de morte, mas não há drogas para realizar o procedimento. Outros Estados onde a pena de morte é permitida estariam usando versões das drogas não aprovadas pela FDA. Fonte: Associated Press.