Pesquisas de opinião divulgadas neste final de semana mostram que a disputa sobre a permanência do Reino Unido na União Europeia ficou novamente equilibrada após a morte da deputada trabalhista Jo Cox, última na quinta-feira.

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Um levantamento feito pelo instituto Opinium e publicado neste domingo pelo The Observer mostra ambos os lados com 44% das intenções de voto. Outra pesquisa, realizado pelo BMG e divulgado pelo The Herald, coloca os que defendem o “Bremain”, como foi apelidado o voto pela permanência, com 46% das preferências, contra 43% dos que defendem o Brexit.

Um terceiro levantamento feito pelo ComRes para os jornais The Sunday People e The Independent mostrava os defensores da saída do país do bloco com 44% das intenções de voto, contra 28% dos adversários.

Uma quarta pesquisa feita pelo Instituto Survation para o Mail on Sunday mostrou que o defensores da permanência lideravam a disputa por com 45% a 42%.

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O jornal The Sunday Times também divulgou uma nova pesquisa, realizada pelo YouGov, que mostrou a campanha pró-UE com 44% das intenções de voto, apenas um ponto porcentual de vantagem sobre o lado adversário. O resultado mostra uma mudança em relação a outro levantamento feito pelo mesmo instituto no início da semana, que mostrava os defensores do Brexit com dois pontos porcentuais de vantagem (44% a 42%).

Até o momento da morte de Jo Cox, assassinada por um suspeito de ter relações com grupos de extrema direita, as pesquisas mostravam uma leve vantagem para os que defendiam a saída da União Europeia. O ataque, realizado em plena luz do dia, levou à suspensão das campanhas por três dias. Elas foram reiniciadas hoje.

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Para o diretor de pesquisa política e social da Yougov, Anthony Wells, a morte de Cox pode não ser a real causa da mudança do sentimento dos eleitores. “Os dados sugerem que o movimento pode ter mais relação com preocupações sobre o impacto econômico da saída da UE”, afirmou em nota publicada no site do instituto. “Na pesquisa para o Sunday Times, 33% dos entrevistados afirmaram sentir que sua situação irá piorar caso o Brexit vença. O número representa uma alta em relação aos 23% da pesquisa feita há duas semanas, e também é o maior nível para essa questão desde que começamos a perguntá-la.”

Para Robert Hayward, um político e especialista em pesquisas de opinião, embora seja difícil saber qual será o impacto da morte de Cox no resultado do plebiscito, o efeito não deve ser marcante.

“Pode haver um efeito limitado em West Yorkshire, mas meu palpite é que não deve ir além disso”, afirmou (Marcelo Osakabe, com informações da Associated Press – marcelo.osakabe@estadao.com)