Pesquisas preveem reeleição de Macri em Buenos Aires

Os portenhos devem reeleger hoje com folga Maurício Macri como prefeito de Buenos Aires. A eleição, mais uma da série que a Argentina terá até a sucessão presidencial, em outubro, promete ser um voto de rejeição ao kirchnerismo. Segundo pesquisas de opinião, Macri, líder do partido de centro-direita Proposta Republicana (PRO), deve obter mais de 60% dos votos. Uma projeção da consultoria Poliarquia indica que o prefeito deve ter 63,6% dos votos. O candidato do governo, o ex-ministro e senador Daniel Filmus, da Frente pela Vitória (peronista) contaria com 36,4%. A consultoria Management & Fit prevê um resultado semelhante: Macri teria 63,5% dos votos e Filmus, 36,5%.

Desde o primeiro turno, quando obteve 47% da preferência do eleitorado, Macri mobilizou o aparato de governo para aumentar a vantagem sobre Filmus, cuja imagem foi prejudicada pelo “caso Schocklender”, o escândalo que envolve o governo Kirchner e a organização das Mães da Praça de Maio. A organização não governamental (ONG) é suspeita de desviar fundos para a construção de casas populares.

A eventual vitória de Macri reforça suas aspirações de ser candidato presidencial em 2015. O prefeito, embora ainda não tenha definido quem apoiará em outubro, é apontado como o principal “cabo eleitoral” para levar a favorita Cristina a um segundo turno.

Córdoba

Após ter perdido a disputa pela Província de Santa Fé, e com a provável derrota de hoje na prefeitura de Buenos Aires, o kirchnerismo tenta evitar um terceiro revés consecutivo na série de eleições que antecedem a votação presidencial argentina. Na eleição provincial em Córdoba, a Casa Rosada aposta no ex-governador José Manuel de la Sota, representante do peronismo dissidente, que rompera com Cristina havia meses.

A Província de Santa Fé representa 8,55% dos votos nacionais, enquanto a cidade de Buenos Aires tem 8,6% e a Província de Córdoba equivale a 8,71%. Juntos, estes três distritos equivalem a 25,86% do total do eleitorado argentino, além de aglutinar 41% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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