Mais norte-americanos se opõem à guerra no Afeganistão, revelou uma nova pesquisa divulgada hoje. O trabalho da Universidade Quinnipiac concluiu ainda que a grande maioria da população dos Estados Unidos quer o fim da proibição para gays assumidos servirem nas Forças Armadas.
Entre os consultados, 50% afirmaram que os EUA não deveriam estar envolvidos no Afeganistão. Já 44% apoiam a presença militar norte-americana, segundo a pesquisa. Em 9 de setembro, outra pesquisa da Universidade Quinnipiac mostrava 49% de apoio à presença dos EUA no país, com 41% de oposição.
Os eleitores do Partido Democrata, do presidente Barack Obama, são bem mais contrários à guerra. Entre esse grupo, 62% dos consultados acreditam que as tropas deveriam estar fora do Afeganistão. Já entre os republicanos, o apoio à guerra é de 64%, com 31% deles contrários ao conflito. Entre os eleitores independentes, 54% querem o país fora do Afeganistão.
A guerra já dura mais de nove anos. Segundo o diretor-assistente do instituto de pesquisas da universidade, Peter Brown, Obama está em uma posição política delicada em relação à guerra. Se os republicanos mudarem sua posição de apoio ao conflito, ele estará “com uma guerra muito impopular em suas mãos”, notou Brown.
A partir do próximo ano, os EUA e a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) devem começar a transferir o controle do território afegão para o governo local. Já a postura de Obama de permitir que gays assumidos sirvam o Exército recebeu forte apoio da população. Entre os entrevistados, 58% concordam com a mudança, enquanto 38% defendem a manutenção da regra. Democratas e independentes defendem majoritariamente a mudança.
A pesquisa da Universidade Quinnipiac foi realizada entre os dias 8 e 15, com 2.424 eleitores registrados, e tem uma margem de erro de 2 pontos porcentuais, para cima ou para baixo. As informações são da Dow Jones.