O chefe do Conselho de Ministros do Peru, Oscar Valdéz, declarou que teme que o Chile reaja frente a uma eventual decisão favorável aos peruanos da Corte Internacional de Justiça (CIJ), sediada em Haia, a cerca de sua reivindicação marítima.

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“Temos razões suficientes para nos preocupar”, afirmou ele em entrevista à imprensa televisiva peruana, uma vez que “o Chile não foi um país que cumpriu os tratados fielmente como o foi o Peru”, argumentou.

Ele recordou que, logo depois de assinada a ata de execução do tratado de 1929, Santiago deveria ter construído uma estrutura para atracar barcos a Lima. “Mas não o fez, construiu um porto depois de 70 anos”, criticou Valdéz.

O ministro peruano recordou também que os tratados de 1952 e 1954 prevêem “um plebiscito que nunca foi executado. Por isso nos preocupa, espero que o Chile tenha mudado”, desejou.

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Questionado se ele teme uma reação chilena de caráter militar, Valdéz, tenente coronel em retiro do Exército, respondeu que é preciso “ler um pouco a história” para então “tirar a conclusão”.

Ele assinalou também que seu país precisa se preocupar se o país vizinho comprar tanques, aviões e submarinos.

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O Peru entrou com uma demanda em Haia em 2008 para pedir a revisão dos limites marítimos com o Chile, alegando que as atuais fronteiras, datadas dos tratados da década de 1950, dizem respeito somente à atividade pesqueira. O processo no tribunal internacional está previsto para ser encerrado no ano que vem.