Os Estados Unidos negaram ter bombardeado bases aéreas do governo da Síria na madrugada desta segunda-feira (hora local), de acordo com fontes no Pentágono ouvidas pelo jornalista Dion Nissenbaum, repórter especializado em Oriente Médio da agência Dow Jones Newswires e do Wall Street Journal.
Minutos antes, a TV estatal síria reportava supostos ataques a mísseis à base aérea militar de Tiyas, na província de Homs. A mídia aliada ao presidente sírio, Bashar Assad, alega que o bombardeio teria sido feito pelos Estados Unidos ou por Israel. Há relatos não confirmados de ao menos 12 mortos e 30 feridos.
A agência russa RT, ligada ao presidente Vladimir Putin, aliado de Assad, diz que o sistema de defesa antiaéreo da Síria “responde aos ataques” na base aérea em Homs.
A agência Associated Press também relatou, por meio de fontes, que o Pentágono negou qualquer participação no ataque.
O suposto bombardeio a Homs ocorre horas depois de o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter alertado que os países que apoiam o regime de Assad “têm um preço alto a pagar”. As declarações do líder americano ocorreram depois de ONGs sírias terem reportado que ao menos 40 pessoas morreram em um ataque a gás a regiões da cidade de Douma, nos arredores de Damasco, um dos últimos redutos rebeldes.
“O presidente Putin, a Rússia e o Irã são responsáveis por apoiar o animal Assad. Alto preço a pagar”, escreveu Trump, em sua conta no Twitter.
Em 7 de abril de 2017, os EUA lançaram dezenas de mísseis contra a Síria em resposta a um ataque químico que deixou 80 mortos. (Equipe AE)