“Pensava que tínhamos coisas em comum com as FARC”, diz Betancourt

A ex-candidata presidencial colombiana Ingrid Betancourt pensava que tinha "pontos em comum" com os guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e continua não respondendo quando é questionada se foi abusada sexualmente durante seu cativeiro por mais de seis anos.

Depois de ser seqüestrada, em fevereiro de 2002, enquanto se dirigia à chamada "zona de distensão" criada pelo governo, Betancourt pensava que os guerrilheiros das Farc manteriam-na prisioneira "no máximo por três meses".

"Acreditava que talvez eles quisessem as mesmas coisas que eu queria, que lutava pela justiça social", disse Betancourt durante uma entrevista ao comentarista Larry King, da CNN.

 Falando de Paris, Betancourt disse durante a entrevista, transmitida na noite desta quarta-feira (9), que depois reconheceu que "estava equivocada". "Não entendia que eles pensavam diferente, que se você não é membro de seu clube, então é um inimigo", disse.

"A pergunta óbvia", disse o comentarista, "você foi maltratada sexualmente?". "Não vou responder essa pergunta", disse Betancourt, que depois, após uma desculpa de King completou: "já lhe disse que há coisas que ficam na floresta".

O apresentador perguntou também sobre as condições de higiene, e a dirigente colombiana reconheceu que tudo era "difícil porque era a única mulher no acampamento".

Até o fim do programa, Betancourt disse que "não odeia" as Farc e admitiu que voltará a se apresentar como candidata a algum cargo público.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo