Pelo menos 79 membros do grupo militante libanês Hezbollah foram mortos em combates ao lado do Exército sírio na cidade de Qusayr desde a semana passada, informou nesta segunda-feira o Observatório Sírio pelos Direitos Humanos, grupo sediado em Londres.

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“O número de combatentes libaneses do Hezbollah mortos nos últimos meses na periferia de Damasco e de Homs subiu para 141, revelou o Observatório em comunicado. “Dentre eles há 79 combatentes mortos no período que vai da madrugada do dia 19 à madrugada de domingo, que foram mortos por minas, francoatiradores e durante combates na cidade de Qusayr e suas proximidades”, afirmou o grupo.

No domingo, uma fonte próxima ao Hezbollah declarou que o número de mortos em vários meses de combate era de 110 e que a maior parte morreu em Qusayr.

Há meses o Hezbollah tem enviado combatentes para lutar ao lado do Exército sírio contra os rebeldes. Mas o combate pela retomada do reduto rebelde de Qusayr, na província central de Homs, foi o maior e mais sangrento confronto no qual o Hezbollah participou até agora.

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Somente no sábado, 22 combatentes do grupo xiita foram mortos em Qusayr, revelou a fonte próxima ao grupo à AFP. No mesmo dia, o chefe do Hezbollah, Hassan Nasrallah, prometeu que seu grupo vai conquistar a “vitória” na Síria.

“Eu digo a todas as pessoas honradas, aos mujahedin, aos heróis: eu sempre prometi a vitória a vocês e agora eu prometo a vocês uma nova (vitória)” na Síria, declarou ele na cerimônia que marcou o 13º aniversário da retirada militar de Israel do Líbano.

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Nasrallah declarou que o Hezbollah sempre apoiará seu aliado, o presidente Bashar Assad, e seu regime, destacando que seus próprios interesses estão em jogo. “Vamos continuar nesta estrada…arcar com as responsabilidades e os sacrifícios”, disse ele durante discurso que foi transmitido ao vivo. “Esta batalha é nossa…e eu prometo a vitória.”

Nasrallah pediu que o Líbano seja protegido da violência que acontece do outro lado da fronteira, mas no domingo vários foguetes caíram no sul de Beirute, reduto do Hezbollah, ferindo quatro pessoas. Os confrontos entre alawitas, que apoiam o regime de Assad, e sunitas, que são favoráveis aos rebeldes na parte norte de Trípoli, mataram 31 pessoas na semana passada. As informações são da Dow Jones.