Pelo menos 13 morrem durante votação na Síria

Nove civis sírios e quatro soldados leais ao presidente Bashar Assad morreram, hoje, durante confrontos com rebeldes na cidade de Homs, no centro da Síria, segundo o Observatório Sírio pelos Direitos Humanos. A violência ocorre no dia em que os sírios foram convocados para votar sobre a nova Constituição do país.

A oposição pediu um boicote ao voto. Washington qualificou a votação em meio à violência como um exercício “risível” do regime de Assad. A nova Constituição acaba com a base legal para o Partido Baath controlar totalmente a política do país, o que ocorre há cinco décadas, mas mantém grandes poderes nas mãos do presidente. A oposição vê as mudanças como pequenas e exige a queda do regime, após 11 meses de repressão que deixou mais de 7.600 mortos, segundo grupos pelos direitos humanos.

Apenas no sábado, 98 pessoas foram mortas, 72 delas civis, informou a entidade. Muitas explosões eram ouvidas neste domingo em Homs, sob assalto das forças oficiais há mais de três semanas.

Mais de 14 milhões de pessoas estão aptas a votar no referendo desde domingo. A televisão estatal exigiu imagens das seções eleitorais e disse que “um grande número de eleitores” havia comparecido.

Assad divulgou os planos para a nova Constituição mais cedo neste mês, em mais um passo para reformar a política, mas sem deixar o poder. China e Rússia, que impediram sanções ao país no Conselho de Segurança da ONU, demonstraram apoio ao processo eleitoral. O novo sistema político será baseado no “pluralismo”, mas proíbe a formação de partidos a partir da religião. Com o novo texto constitucional, Assad poderia em tese ficar no poder mais 16 anos. As informações são da Dow Jones.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo