Pela 1ª vez, Costa Rica elege mulher para presidência

Laura Chinchilla, candidata da situação, confirmou o favoritismo das pesquisas e será a primeira mulher na presidência da Costa Rica. Ela agradeceu os partidários, na noite de ontem, enquanto seus rivais aceitaram a derrota. A política de 50 anos ficou com 47% dos votos, segundo os resultados iniciais. Na Costa Rica, é preciso 40% dos votos mais um para conquistar a vitória no primeiro turno. “Obrigada, Costa Rica”, disse Laura, em pronunciamento na capital San José. “É certamente um momento de alegria, mas acima de tudo de humildade… Eu não trairei essa confiança.”

O candidato de centro-esquerda Ottón Solís ficou com 24% dos votos. O advogado de centro-direita, Otto Guevara, obteve 21%. “Com todo o respeito, nós aceitamos a realidade”, afirmou Solís, que perdeu por estreita margem a disputa presidencial de 2006 para o atual presidente, Oscar Arias. Guevara parabenizou “nossa presidente Laura Chinchilla”, pouco depois.

A oposição criticou a candidata na campanha, afirmando que ela não tem voz própria, mas apenas seguirá as receitas de Arias. O programa de Laura propõe manter as políticas da administração atual, promovendo o livre-comércio e melhorando os laços empresariais internacionais.

Graduada pela Universidade Georgetown, Laura foi vice-presidente do governo Arias e é conservadora em temas como o aborto. O Partido da Libertação Nacional (PLN) – que domina a política costa-riquenha há seis décadas e melhorou sua representação no Legislativo – apostou na experiência dela como ministra da Segurança Pública e da Justiça para ganhar votos, em um ambiente em que a criminalidade preocupa cada vez mais.

A votação foi calma, na democracia mais antiga da América Latina, um país que não tem Exército. A abstenção ficou em 33,43%, segundo resultados iniciais. Além da presidente, foram escolhidos dois vice-presidentes, 57 parlamentares e líderes municipais.

Promessas

Para se eleger, Laura foi auxiliada pela passagem relativamente calma da Costa Rica pela crise econômica global. Além disso, contava com o apoio de poderosos setores econômicos próximos de Arias. Mãe de um adolescente, Laura prometeu melhorar as oportunidades para estudantes pobres, expandir as pensões para a população de baixa renda e abrir creches para auxiliar as mães que trabalham. Ela é a quinta mulher na América Latina a chegar à presidência, após exemplos ocorridos no Chile, na Argentina, no Panamá e na Nicarágua. As informações são da Dow Jones.

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