11 de setembro

Pastor da Flórida diz que nunca queimará Alcorão

O pastor Terry Jones da Flórida disse que sua igreja nunca queimará o Alcorão, mesmo se uma mesquita for construída no Marco Zero, local onde estavam as torres gêmeas que desabaram após ataques terroristas em 11 de setembro de 2001. No programa de televisão matutino “Today”, da rede de TV NBC, Jones disse que o objetivo de sua igreja era “mostrar que há uma parte do Islã muito perigosa e radical”. Jones disse ter “definitivamente realizado essa missão”.

O pastor ameaçou queimar o Alcorão no aniversário dos ataques de 11 de setembro em protesto a um projeto de construção de centro islâmico próximo ao Marco Zero. Ele viajou ontem para Nova York, onde hoje as cerimônias para marcar o 11 de setembro podem ser tensas. Ao contrário dos anos anteriores, em que a cerimônia no Marco Zero basicamente ficou restrita à leitura dos nomes das quase 3 mil vítimas do ataque às torres gêmeas, as autoridades se preparam desta vez para manifestações daqueles que são contra e a favor da construção do centro islâmico.

O presidente Barack Obama e a primeira-dama, Michele Obama, participarão de cerimônias em Washington e Shanksville, Pennsylvania, em memória das vítimas dos aviões sequestrados que caíram sobre o Pentágono e em um campo rural em 2001.

Nesta manhã, em seu programa semanal de rádio, o presidente norte-americano pediu aos norte-americanos que se lembrem da unidade que emergiu após 11 de setembro de 2001.

“Se há uma lição a ser retirada desse aniversário é o de que os Estados Unidos são uma nação e um povo unido por ideais comuns”, disse. “Nesse dia, lembramos de nossos momentos mais sombrios, nos reunimos com um senso de unidade e propósito comum”.

Obama disse que o país enfrenta tempos difíceis, levando algumas pessoas a alimentar a amargura e a divisão. Mas o 11 de setembro deveria lembrar os americanos do que têm em comum, acrescentou.

“Permanecemos uns com os outros. Lutamos uns ao lado dos outros”, disse Obama. “Não permitiremos que sejamos levados pelo medo, mas pela esperança que temos em nossas famílias, em nossa nação e em nosso brilhante futuro”. As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

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