Passa de 60 total de mortos em confrontos na Jamaica

Confrontos na capital jamaicana, Kingston, já deixaram mais de 60 pessoas mortas, a maioria delas civis. As forças de segurança do país tentam capturar Christopher “Dudus” Coke, procurado nos Estados Unidos por tráfico de drogas. Fontes de hospitais confirmaram que dois caminhões levaram “cerca de 50” corpos para o necrotério do Hospital Público de Kingston. Outro caminhão chegou mais tarde com mais corpos, incluindo o de um bebê. Uma enfermeira relatou que havia 12 corpos nesse segundo veículo.

A polícia confirma 27 mortes. O primeiro-ministro, Bruce Golding, advertiu que o número de vítimas deve aumentar. No fim do dia de ontem, os policiais reconheceram em comunicado que houve também “vários homicídios” na área da Grande Kingston.

Os confrontos pareciam estar se espalhando por outras áreas. Em algumas regiões pobres da capital, o cenário é de uma zona de guerra, segundo testemunhas. O governo declarou estado de emergência para lidar com a situação, na pior crise de violência na nação caribenha em décadas.

Prisões

A polícia já confirmou a prisão de 211 pessoas, incluindo quatro mulheres. Coke, porém, ainda não foi preso. O suspeito, de 42 anos, é bem-visto por parte da população local, por ajudar os pobres a pagar suas contas e até por ajudar que as crianças frequentem as escolas. O próprio Coke se define como um empresário.

A Jamaica é bastante dependente do turismo. O país de 2,8 milhões de habitantes recebe anualmente um milhão de turistas. A maioria deles evita a capital, concentrando-se nas praias para tomar sol ao som do reggae. Os Estados Unidos já advertiram seus cidadãos sobre os riscos de se viajar para lá agora. Algumas companhias aéreas cancelaram voos para o país.

A Jamaica é uma rota do narcotráfico que sai da América do Sul com destino à América do Norte e aos mercados europeus. Coke é descrito pelo Departamento de Justiça dos EUA como um dos narcotraficantes “mais perigosos do mundo”. Ele é acusado de comandar a venda de maconha e crack na região de Nova York, entre diversos outros crimes. As informações são da Dow Jones.

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