O partido nacionalista de oposição Lei e Justiça venceu as eleições parlamentares de domingo na Polônia e parece ter votos suficientes para governar sozinho. A sigla prometeu mais gastos em bem-estar social, com um foco em valores tradicionais católicos e prometendo uma visão mais assertiva dentro da União Europeia.

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De acordo com dados de 90% das seções eleitorais compilados pela Ipsos, o Lei e Justiça deveria ficar com 232 das 460 cadeiras da Câmara dos Deputados. Seu principal rival, o Plataforma Cívica, de centro-direita, aparecia com 137 assentos.

A eleição encerra um período de oito anos do Plataforma Cívica no poder, uma época de crescimento econômico e boas relações com a Alemanha, porém minada pelas disputas internas e por escândalos recentes dentro do campo governista.

O Lei e Justiça ganhou espaço diante do descontentamento com os salários e benefícios baixos na Polônia, prometendo aumento no salário mínimo e nos gastos com bem-estar social. Também pretende ter uma voz mais firme na UE, opondo-se ao plano da Alemanha para a realocação de candidatos a asilo no bloco.

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O próximo governo terá o apoio do presidente Andrzej Duda, membro do Lei e Justiça que chegou ao posto em maio. Mesmo se o partido conseguir menos que 231 cadeiras na Câmara, ele deve formar um governo com o auxílio de seu aliado Kukiz 15, formado por um ex-rock star e que recebeu 8,7% dos votos, conseguindo 42 cadeiras, segundo as projeções mais atualizadas.

Os resultados oficiais finais devem sair na terça-feira. Caso se confirmem as projeções, será a primeira vez em décadas que o Parlamento da Polônia não terá nenhum partido de esquerda representado. A aliança Esquerda Unida, que inclui herdeiros do Partido Comunista da Polônia, obteve pouco apoio, insuficiente para garantir espaço na Câmara. Fonte: Dow Jones Newswires.

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