O campo de batalha da política da Tailândia está prestes a se mudar das ruas para o Parlamento, conforme os legisladores se preparam para votar na segunda-feira para escolher o novo primeiro-ministro. O Partido Democrata, que não está no poder há oito anos, está confiante de que tem o apoio suficiente de legisladores para eleger seu líder, Abhisit Vejjajiva, como novo premiê do país.
Mas os partidos fiéis ao legado do ex-primeiro-ministro Thaksin Shinawatra também alegam ter voto suficiente para eleger seu candidato próprio, o ex-chefe da polícia nacional Pracha Promnok.
Os aliados de Thaksin lideram um governo de coalizão desde a eleição geral de dezembro de 2007. Mas o governante Partido do Poder Popular e dois parceiros de coalizão foram forçados a se dissolver no começo deste mês, quando a Corte Constitucional os declarou culpados de fraude naquela eleição.
Os remanescentes do PPP se reagruparam como Partido Phuea Tai, que também busca maioria na sessão de segunda-feira.
A votação da Câmara dos Representantes acontece após meses de instabilidade, causada por protestos contra o governo, que culminaram no final do mês passado com a tomada de dois aeroportos de Bangcoc. O movimento busca eliminar da política a influência de Thaksin, que foi expulso no golpe de 2006, após ter sido acusado de corrupção e abuso de poder, e ameaça novas atividades se o Parlamento eleger um líder ligado a ele.
A Câmara dos Representantes tem normalmente 480 membros, mas está atualmente com 438. O próximo primeiro-ministro precisa do apoio de mais de 220 legisladores. Quem for escolhido, será o quinto primeiro-ministro da Tailândia em pouco mais de dois anos.