Pesquisas de boca de urna das principais rede de TV de Israel apontaram uma vantagem do Partido Azul e Branco, do general da reserva Benny Gantz, sobre o Likud, do primeiro-ministro Binyamin Netanyahu nas eleições para o Parlamento. Segundo o cálculo do diário Haaretz, o partido de Gantz terá 37 cadeiras e o de Netanyahu, 35. O premiê, no entanto, teria uma ligeira vantagem quando computados todos os pequenos partidos e estaria mais próximo de formar um governo.

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Para se tornar premiê, um deles precisa formar uma coalizão com ao menos 61 deputados para ter a maioria no Knesset. O presidente de Israel, Reuven Rivlin, tem o dever de convidar o líder do partido com mais condições de formar uma coalizão.

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No momento, esse parece ser Netanyahu. Apesar de dois dos três principais canais de TV de Israel – o 11 e o 12 – terem colocado a legenda de Gantz ligeiramente à frente do Likud, as pesquisas indicam resultados distintos sobre possíveis coalizões. Segundo o canal 13, o atual premiê teria condições de negociar uma coalizão de 66 deputados. O canal 11 diz que Netanyahu pode ter até 64 deputados. Já o canal 12 prevê um empate de 60 cadeiras cada. Analistas dizem, no entanto, que ainda é cedo para esse tipo de projeção, sem a apuração terminar.

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Ambos líderes, no entanto, declararam vitória. Netanyahu foi além e disse que pretende hoje mesmo negociar uma coalizão, mesmo sem o convite oficial de Rivlin. “O bloco de direita liderado pelo Likud teve uma clara vitória”, escreveu em sua conta no Twitter. “Agradeço os cidadãos de Israel por sua fé. Começarei a formar o governo com nossos parceiros naturais ainda hoje.”

Gantz, por sua vez, disse que a derrota do Likud foi cristalina. “Nós vencemos. O povo israelense falou. Agradeço aos ativistas e aos eleitores”, afirmou. “Nessas eleições, houve um vencedor e um perdedor claro. Bibi (como Netanyahu é conhecido) prometeu 40 assentos e perdeu.”

Se conseguir continuar no cargo, Netanyahu se tornará o premiê há mais tempo no comando de Israel, superando o fundador do país, David Ben-Gurion. Ele enfrenta a possibilidade de ser indiciado por corrupção, mas diz ser inocente. (Com agências)