Partido comunista chileno diz que decisão de Fidel já era esperada por cubanos

Santiago do Chile – Guillermo Teillier, presidente do Partido Comunista chileno, disse à ANSA que "não há nenhuma possibilidade haver um vazio no poder" em Cuba após a decisão de Fidel Castro de não aceitar o cargo de presidente do Conselho de Estado e comandante-em-chefe.

"A decisão é bastante normal e esperada pelos cubanos que estão saindo de um longo processo eleitoral. Eles têm sido cuidadosos na forma da delegação do comando de Fidel", afirmou Teillier que há uma semana visitou Havana, onde se reuniu com o vice-presidente Carlos Lage e as principais autoridades de Cuba.

Sobre a sucessão de Fidel, o dirigente comunista chileno comentou que "a passagem a Raúl Castro das funções principais está ocorrendo de forma prática e seria o normal que ele continuasse neste momento".

Teillier comentou, ainda, que em Cuba "há um enorme interesse pelas eleições nos Estados Unidos".

"Não porque pensem que haverá uma mudança profunda em relação a Cuba se vencer um ou outro candidato, mas porque a eleição pode estimular aspectos muito drásticos, impostos por (George W.) Bush, no bloqueio de tantos anos", explicou.

Segundo Teillier, os cubanos "não prevêem o fim do bloqueio, mas sim a liberalização das viagens entre Cuba e Estados Unidos, tanto para os cubanos que estão no país, como aos que vivem nos Estados Unidos".

"Eles acompanham com esperanças a promessas de (Barack) Obama e vêem quase com estranheza o fato de um negro nos Estados Unidos ser o candidato mais sério à presidência", enfatizou.

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