Partidários da líder oposicionista Aung San Suu Kyi se aglomeraram neste sábado perto da casa dela e na sede de seu partido, a Liga Nacional pela Democracia, à espera de que a ganhadora do Prêmio Nobel da Paz seja libertada após sete anos de prisão pelos generais que comandam Myanmar.
Colegas de Suu Kyi afirmaram que uma ordem para libertá-la foi assinada pelo governo militar do país. Legalmente, o prazo da prisão domiciliar da dissidente expira hoje. No entanto, não houve nenhum anúncio oficial pela junta militar, então existem preocupações de que um obstáculo de última hora possa mantê-la presa.
A recusa de Suu Kyi de permitir que condições fossem impostas para a sua libertação representa um dilema para a junta, que teme sobre a habilidade da líder oposicionista de reunir adeptos. Mas não libertá-la pode anular qualquer crédito que o isolado regime conquistou na comunidade internacional por ter realizado eleições no país, no último domingo, as primeiras em 20 anos.
Detida ou sob prisão domiciliar por mais de 15 dos últimos 21 anos, Suu Kyi tornou-se um símbolo da luta para livrar o país do sudeste asiático de décadas de regime militar. As informações são da Associated Press.