O presidente da Sérvia, Tomislav Nikolic, dissolveu formalmente o Parlamento do país nesta quarta-feira e determinou que eleições antecipadas serão realizadas em 16 de março. O novo pleito acontece menos de dois anos antes da última vez que os sérvios foram às urnas para escolher seus parlamentares, em maio de 2012.
Nikolic afirmou que o pleito vai garantir apoio popular para dolorosas reformas sociais e políticas no país. Segundo o presidente, a coalizão governamental, liderada por sua legenda, o populista Partido Progressivo Sérvio, de direita, “quer testar sua legitimidade”.
“Muito trabalho e reformas difíceis e dolorosas estão pela frente, mas elas vão melhorar as vidas de nossos cidadãos”, afirmou o presidente. “Teremos um novo governo que terá ainda mais vontade, energia e entusiasmo” para realizar as reformas.
A expectativa é que a votação consolide o Partido Progressivo Sérvio no controle do país, que enfrenta uma profunda crise econômica e social.
A legenda, que no passado foi pró-Rússia e ultranacionalista, transformou-se num partido pró-União Europeia que é de longe o mais popular atualmente na Sérvia. Seu líder e vice-primeiro-ministro, Aleksandar Vucic, espera que a eleição antecipada permita que ele se torne premiê e governe sem o apoio dos socialistas, cujo líder, Ivica Dacic, é o atual primeiro-ministro do governo de coalizão.
Vucic, que já foi um ativista ultranacionalista, disse que quer acelerar as reformas para que a Sérvia possa avançar em sua proposta para integrar a União Europeia (UE).
Durante o pleito, o partido de Vucic enfrentará uma oposição dividida, liderara pelo Partido Democrático. Todas as pesquisas eleitorais indicam que os populistas têm cerca de 40% das intenções de voto, enquanto os democráticos ficam em segundo lugar, com cerca de 16%. Fonte: Associated Press.