O Parlamento italiano votou em Giorgio Napolitano como presidente para um segundo mandato. A reeleição de Napolitano é uma medida desesperada das duas principais coalizões políticas para evitar que o país realize novas eleições, após o pleito inconclusivo de dois meses atrás.

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Napolitano, de 87 anos, é um respeitado político que repetira várias vezes que não queria o cargo, mas deve ser capaz de formar um governo, apoiado tanto pela centro-esquerda quanto pelos conservadores no Parlamento e promover reformas fundamentais, dentre elas uma reformulação na lei eleitoral do país.

Isso será um acontecimento bem vindo para os italianos, cansados após dois meses de incertezas políticas, e também para os investidores internacionais, ansiosos por ver a Itália realizar importantes mudanças.

Por outro lado, a reeleição de Napolitano marca uma derrota surpreendente para a política italiana, em particular para o Partido Democrático, de centro-esquerda. Embora a legenda não tenha conquistado uma maioria clara nas eleições de fevereiro, o partido obteve votos suficientes na câmara baixa para tentar formar um governo. Mas suas várias tentativas falharam, assim como fracassou sua tentativa, na sexta-feira, de eleger seu próprio candidato. Na noite de sexta-feira, o líder do partido, Pier Luigi Bersani, declarou que deixaria o posto.

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O Movimento Cinco Estrelas, do ex-comediante Beppe Grillo, criticou a reeleição de Napolitano, dizendo que o processo não foi democrático. O partido disse que estava organizando um grande protesto, que será realizado ainda neste sábado, em Roma. As informações são da Dow Jones.