A maioria dos partidos de oposição do Paquistão manifestou apoio hoje ao primeiro-ministro Nawaz Sharif, durante sessão especial do Parlamento, apesar da forte pressão de manifestantes que há várias semanas pedem a renúncia do premiê.
Os manifestantes, que são classificados como “terroristas” pelo governo, são liderados pelo ex-astro do críquete e hoje parlamentar Imran Khan e pelo clérigo muçulmano Tahir ul Qadri. Eles chegaram a Islamabad em 15 de agosto e ocuparam partes da sede do governo.
Os protestos paralisaram o governo e enfraqueceram Sharif, numa crise política que ainda poderá levar a sua renúncia, apenas 16 meses depois de ele assumir o cargo.
Autoridades do governo paquistanês acreditam que os manifestantes têm apoio dos militares, que discordam de Sharif numa série de assuntos referentes à segurança nacional e política externa. Os militares negam que tenham se aliado ao grupo de manifestantes.
Khan, que lidera o Tehreek-e-Insaf, terceiro maior partido do Parlamento, exige a renúncia de Sharif com o argumento de que as eleições do ano passado, vencidas por ampla margem pelo partido do primeiro-ministro, foram fraudadas. Já Qadri defende uma “revolução” para o fim de um sistema político que ele considera corrupto. Fonte: Dow Jones Newswires.
