O Parlamento iraniano aprovou neste domingo uma proposta que destina US$ 20 milhões para apoiar grupos militantes contrários ao Ocidente e para investigações sobre supostos complôs de americanos e britânicos contra o Irã.
O gesto está sendo interpretado como uma resposta do governo iraniano a críticas dos países ocidentais à violenta repressão de protestos no Irã após a polêmica eleição presidencial de junho, quando o ultraconservador Mahmoud Ahmadinejad foi reeleito.
A proposta começou a ser debatida em agosto, quando os líderes da linha dura iraniana negaram acusações de que manifestantes presos durante os protestos foram torturados por forças de segurança.
O texto da lei aprovada afirma que os fundos se destinam a “apoiar correntes progressistas que fazem resistência a atividades ilegais dos governos dos Estados Unidos e Grã-Bretanha”. As autoridades iranianas com frequência usam expressões do gênero para descrever os grupos militantes.
Também hoje os parlamentares iranianos exigiram que o governo de Ahmadinejad reduza os laços com a Agência Internacional da Energia Atômica (AIEA), uma entidade da Organização das Nações Unidas (ONU), depois de o órgão ter censurado Teerã na sexta-feira pela construção de um nova planta nuclear.
Os parlamentares condenaram a resolução da AIEA, classificando-a de “política e não consensual”, e exortaram o governo iraniano a manter seu controverso programa nuclear “sem qualquer interrupção”. As informações são da Associated Press e Dow Jones.