O Parlamento de Israel aprovou sua própria dissolução, iniciando oficialmente a campanha eleitoral no país. Na sessão do Knesset desta segunda-feira, 120 representantes votaram a favor e 93 contra a dissolução, encerrando o mandato de dois anos antes do tempo previsto.
No dia 3 de dezembro, o Parlamento realizou uma votação preliminar, que teve 84 votos a favor e nenhum contra. Com eleições antecipadas marcada para 17 de março, o parlamento atual terá servido por um dos períodos mais curtos da história de Israel.
O governo de Israel, que tomou posse no início de 2013, foi marcado por divisões desde o início sobre diversas questões. O orçamento, um imposto de habitação e um projeto de lei que determina Israel como um Estado judeu estão em discussão há semanas.
Netanyahu tenta garantir um quarto mandato como primeiro-ministro aumentando o apoio a seu partido Likud. Ele espera garantir uma maioria forte para um “bloco nacional”, que inclui seus aliados tradicionais de partidos judaicos ultraortodoxos, a facção nacionalista do ministro das Relações Exteriores Avigdor Lieberman e o partido Jewish Home, fortemente ligado ao movimento dos colonos da Cisjordânia. Este bloco tende a assumir uma linha dura em negociações de paz com os palestinos.
Na última eleição, os partidos ganharam 61 dos 120 assentos no Parlamento. A maioria revelou-se muito fraca para Netanyahu governar de forma eficaz e ele foi forçado a se aproximar de dois partidos centristas, Yesh Atid e Hatnuah. Esse movimento levou o primeiro-ministro a convocar novas eleições.
O líder do Hatnuah, Tzipi Livni, parece estar prestes a selar uma aliança com Isaac Herzog e seu partido Trabalhista, de centro-esquerda. Uma pesquisa publicada recentemente revelou que a potencial lista conjunta de legendas pode ultrapassar o Likud e se tornar maioria na Knesset nas próximas eleições. Fonte: Associated Press.