Parlamento da Ucrânia não aprova moção de censura

– Os deputados de oposição da Ucrânia falharam na tentativa de aprovar uma moção de censura ao governo depois de o presidente Viktor Yanukovych desistir de assinar um acordo que aproximaria o país da União Europeia (UE). Milhares de manifestantes estão concentrados na frente do parlamento da Ucrânia, em Kiev, gritando por revolução e pedindo o impeachment do atual governo.

Dentro do parlamento, os membros da oposição gritaram “vergonha” e “revolução” enquanto a base aliada do governo se manifestava. Eles exigiam até mesmo a renúncia do atual governo em função da não assinatura do acordo com a UE. “Vergonha pelo seu presidente e vergonha pelo seu governo”, gritou Arseniy Yatsenyuk, deputado do Partido Pátria, de oposição.

No começo da sessão não estava claro se a oposição teria condições de aprovar a proposta a moção. Vários deputados da base se abstiveram de vota. Eram necessários 256 votos do total de 450 para aprovar as medidas. A oposição controla apenas 170 cadeiras, mas os independentes detêm mais 35.

A decisão do presidente Yanukovych de optar pelo acordo com a Rússia e embargar o acordo com a UE levou milhares de pessoas às ruas desde a semana passada. Os protestos têm se tornado violentos e chegaram a reunir cerca de 300 mil manifestantes. A polícia tem usado gás lacrimogêneo para dispersar a multidão, que se armou com pedras e tijolos.

Os protestos são os maiores desde a chamada Revolução Laranja, que em 2004 depôs o atual presidente Viktor Yanukovich do cargo devido às eleições consideradas fraudulentas.

Na segunda-feira, o presidente pediu a renovação das as negociações com a UE sobre um possível acordo. Também disse aos principais canais de TV do país que o governo permanece comprometido com a integração com a zona do euro, mas gostaria de negociar melhores condições para a frágil economia ucraniana. Yanukovich pediu calma para a oposição no diálogo com o governo.

Pesquisas de opinião mostram que cerca de 45% dos ucranianos apoiam uma maior integração com a UE e menos de 30% concordam com acordos mais estreitos com a Rússia.

Desculpas

O primeiro-ministro ucraniano, Mykola Azarov, pediu desculpas pela repressão brutal aos protestos no fim semana em Kiev. “Em nome do nosso governo, eu gostaria de pedir desculpas pelas ações de nossas autoridades policiais em Maidan (Praça da Independência), disse Azarov. Fonte: Dow Jones Newswires e Associated Press.

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