O parlamento da Ucrânia votou pela destituição do presidente, Viktor Yanukovych, e marcou novas eleições para o dia 25 de maio. A aprovação ocorre após o presidente dizer que não iria respeitar as decisões dos legisladores do país e sair de Kiev em direção ao interior do país.
Mais cedo, Yanukovych afirmou em entrevista a uma TV da cidade de Kharkiv, no leste do país, que irá permanecer no poder e que as manifestações que tomaram conta da capital do país são claramente uma tentativa “de golpe de estado”.
“Eu não tenho planos de deixar o país e também não tenho planos de renunciar. Eu sou o presidente legalmente eleito e todos os intermediários internacionais com quem eu falei nos últimos dias me deram garantias de segurança”, disse Yanukovych.
A fala de Yanukovych contra os protestos ganhou hoje o apoio do ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov. O chanceler russo emitiu neste sábado um comunicado no qual diz que a oposição ucraniana quer que o seu país descumpra os acordos com a Rússia. Lavrov disse também que os atos anti-governo representavam uma “ameaça direta à soberano e à ordem constitucional do país”.
Por outro lado, ministro das Relações Exteriores da França, Laurent Fabius, elogiou o fato de tanto o governo quanto a oposição da Ucrânia terem respeito o acordo selado ontem e terem evitado a violência. Fonte: Dow Jones Newswires e Associated Press.