Parlamentares do Colorado, estado onde um atirador abriu fogo contra o público em um teatro no ano passado, aprovou com uma pequena margem de diferença uma série de projetos de lei sobre o controle de armas, sinalizando uma mudança política que está sendo pressionada pela Casa Branca
“Já é o bastante. Eu estou cansada do derramamento de sangue”, disse a parlamentar democrata Rhonda Fields, que apoiou o projeto estatal que limita a capacidade dos pentes de munição. Fields, cujo filho foi morto em 2005 por uma arma de fogo, representa o distrito do teatro onde o atirador abriu fogo.
O vice-presidente Joe Biden conversou com alguns parlamentares pessoalmente antes da votação. O democrata Dominick Moreno afirmou que o vice-presidente “enfatizou a importância do papel do Colorado em remodelara a política nacional a cerca da questão”.
Apesar do controle de armas enfrentar um momento difícil no Congresso dos EUA em meio à oposição da maioria dos republicanos e mesmo alguns de alguns democratas, certos estados estão criando suas próprias medidas. No início do ano passado, o Estado de Nova York aprovou uma das mais rigorosas medidas de controle de armas no país.
A votação do Colorado faz parte de uma mudança maior na política do Oeste dos EUA, que está aprovando questões polêmicas como a legalização da maconha. Além da legalização da Cannabis (nome científico da maconha), Washington também confirmou a legalidade do casamento entre pessoas do mesmo sexo em novembro.
As medidas de controle de armas do Colorado devem ser enviadas ao Senado estadual, onde o projeto precisa do apoio ainda maior de muitos republicanos.
A Câmara estadual, de maioria democrata, aprovou o projeto de lei sobre restrições de munição; verificação de antecedentes na compra de armas, inclusive entre vendedores privados e armas de fogo compradas online; a proibição do uso oculto de armas de fogo em
faculdades e estádios e uma exigência de que os compradores de armas paguem por sua própria verificação de antecedentes. A medida de restrições de munição limita os pentes a 15 balas por armas de fogo e oito para espingardas.
Os republicanos argumentam que as propostas restringem o direito de portar armas de fogo
garantido pela Segunda Emenda da Constituição, e que eles não vão evitar incidentes como os ataques do Colorado e da escola primária de Connecticut.
“Esse projeto nunca vai fazer com que as pessoas ruins deixem de fazer coisas ruins”, disse o republicano Jerry Sonnenberg. Os republicanos também dizem que os estudantes devem ter o direito de se defender. As informações são da Associated Press.