O parlamentar holandês Geert Wilders pode expressar suas visões contra o Islã. A decisão foi tomada pela Justiça local nesta segunda-feira (7). O tribunal negou um pedido para impedi-lo de tratar do assunto depois de Wilders começar a divulgar um filme com posições antiislâmicas. A Corte do Distrito de Haia afirmou que a visão expressada pelo parlamentar não excede os limites legais contra o incitamento do ódio ou a violência. A Federação Islâmica da Holanda já havia retirado uma petição para banir o filme de Wilders, intitulado "Fitna". A película liga ataques terroristas a textos do Corão. A obra causou protestos em países como Paquistão, Malásia e Indonésia. Outros países pediram boicotes aos produtos holandeses.
Mas a federação islâmica manteve a solicitação judicial para que o político pare de fazer comentários considerados insultos aos muçulmanos. Wilders se refere freqüentemente ao Corão como um livro "fascista" e o compara a "Minha Luta", de Adolf Hitler. A Justiça divulgou por escrito a decisão sobre esse segundo ponto nesta seguna-feira (7). Segundo o órgão, o direito de Wilders à liberdade de expressão e sua função de político permitem que ele faça críticas ao Islã radical e ao Corão.
"Como um político, você tem que poder dizer o que pensa", comemorou Wilders, um político de direita, após a decisão. No filme, ele utiliza versos do Corão com imagens dos ataques de 11 de Setembro, entre outros. Também exibe líderes religiosos afirmando que o Islã dominará o mundo. Apesar dos protestos no mundo islâmico, não houve uma reação violenta na Holanda contra a obra.
