Perth – Familiares de passageiros do voo 370 da Malaysia Airlines criticaram o governo malaio pela investigação sobre o desaparecimento do avião. As buscas no sul do Oceano Índico continuam sem que tenha sido encontrado qualquer vestígio da aeronave.

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Sara Bacj, uma americana cujo parceiro, Philip Wood, estava a bordo do avião, enviou um email para a imprensa no nome das “Famílias Unidas do MH370” falando sobre a possibilidade de que o governo emita certidões de óbito e defina compensações antes de o avião ser encontrado. “Estamos em desespero e em choque”, a disse o texto.

A mensagem ainda criticou a Malásia por não procurar um parecer científico independente sobre a análise técnica que levou as buscas para a área definida atualmente. Conduzida pela companhia de satélite Inmarsat e pelo time internacional, a análise concluiu que o avião estava fora de seu curso e que teria caído no oceano, perto da cidade de Perth, na Austrália.

A declaração das famílias veio no momento em que um submarino não tripulado se aproxima do final de sua busca na área em que oficiais acreditam ser a zona mais provável para a queda do Boeing 777. Australianos que coordenam o esforço de buscas multinacional disseram nesta segunda-feira que o equipamento já percorreu cerca de dois terços da área de onde se acreditava que estaria a caixa-preta do avião, de acordo com sinais detectados anteriormente.

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Oficiais disseram esperar que o equipamento complete sua busca inicial no fundo do mar já nesta quarta-feira. Nenhuma decisão foi tomada sobre o próximo passo caso os destroços da aeronave não sejam encontrados na área. A coordenação das buscas informou ao The Wall Street Journal que está ocorrendo no momento uma consulta entre os parceiros internacionais para definir como prosseguir com as buscas e nenhuma decisão foi tomada ainda.

Para os familiares, frustrados após 45 dias de buscas, o novo motivo para raiva foi a reunião promovida pelo governo da Malásia no domingo com parentes dos passageiros em Kuala Lumpur. Alguns ainda mantém as esperanças de que o avião tenha sido sequestrado e tenha pousado em algum lugar. Como não foi encontrado nenhum destroço, eles questionam a conclusão de especialistas de que a aeronave foi parar no oceano.

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“Nós, as famílias do MH370, acreditamos que, até que haja prova conclusiva de que o avião caiu e de que não houve sobreviventes, [o governo malaio] não têm direito de tentar encerrar o caso com atestados de óbito e compensações financeiras”, disseram os familiares por email. “Não esperamos que encontrem o avião inteiro, ou ainda que saibam tudo sobre essa situação surreal, mas esperamos pelo menos um pouco de evidência concreta”, acrescentaram.

Autoridades na Austrália tem diversas opções para as buscas caso o submarino que vasculha o fundo do mar não traga respostas. Eles podem pedir uma segunda busca nas profundezas numa área próxima de onde eles acham que os sinais da caixa-preta estão vindo. Eles ainda podem ampliar a área de busca. Outras organizações também estão prontas para fornecer submarinos que podem ir ainda mais fundo. Fonte: Dow Jones Newswires.