Grupos paramilitares do Paquistão foram enviados para proteger edifícios governamentais e pontes em um distrito onde houve uma recente infiltração de membros do Taleban. Hoje, homens armados realizaram um ataque e mataram um policial na área, segundo as autoridades. O ataque no distrito de Buner deve intensificar a preocupação sobre a viabilidade de um acordo respaldado pelo governo, que impõe a lei islâmica (Sharia) em um amplo setor do noroeste do país, em troca da paz com os extremistas do Taleban no vizinho Vale do Swat.

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Nos últimos dias, milicianos da região entraram em grande número em Buner, onde estabeleceram postos, patrulham rotas e provocam temor, na zona localizada a 97 quilômetros de Islamabad. O envio das tropas ampliou as críticas de que o acordo somente serviria para fortalecer os extremistas, que ampliaram seu domínio sobre outras zonas da província, fronteiriça com o Afeganistão.

Uma das vozes mais críticas do acordo é a do governo dos Estados Unidos. “Creio que o governo paquistanês está abdicando frente o Taleban e os extremistas”, afirmou a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, a deputados em uma audiência na quarta-feira, em Washington. Seis pelotões de fronteira chegaram ontem a Buner, segundo Syed Mohammed Javed, um funcionário do governo que supervisiona a área em que houve o acordo de paz. Não foi informado se a mobilização era uma resposta direta à presença do Taleban, mas ele também disse que anciões tribais se reuniam para avaliar a situação.

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