Paraguai teve febre amarela urbana, reconhece Opas

A Organização Pan-Americana de Saúde informou que há ?99% de chance? de que, pela primeira vez desde os anos 40, a região tenha registrado casos de febre amarela urbana, em um bairro de San Lorenzo, cidade-dormitório na região metropolitana de Assunção, no Paraguai. ?Há 99% de chance. Provavelmente será confirmada febre amarela urbana?, declarou, de Washington, o brasileiro Jarbas Barbosa, gerente da área de Vigilância em Saúde e Gestão de Doenças da organização.

Segundo o especialista, a Opas auxiliará o governo paraguaio a concluir uma investigação sobre nove pessoas infectadas no bairro de Laurelty – três morreram. Todos os doentes eram vizinhos e, na área, que não tem matas próximas, não foram encontrados mosquitos silvestres transmissores da doença, mas altíssimas infestações do mosquito da dengue, o Aedes aegypti, transmissor da febre amarela nas cidades.

O alto índice de infestação do mosquito da dengue, que passava dos 20% antes da borrifação de veneno no local, é o principal indício de que se trata de febre amarela urbana. O Aedes pica uma pessoa infectada e passa a transmitir a doença. O governo paraguaio informou que já não há mais circulação do vírus no bairro, pois foi realizada uma vacinação em massa, nem risco de que a doença se espalhe para outras áreas urbanas.

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